30.12.10

vintetres

a verdade é que tu nada disseste
a verdade é que eu também não
a verdade é que fizemos um ano
a verdade é essa e nada mais
a verdade...

26.12.10

Natal 2010

5 famelgas
4 refeições
3 nacionalidades
2 casas
1 natal

19.12.10

15.12.10

Vem à Nova de Janeiro a Janeiro

Chegamos dez minutos atrasados, como sempre…
Os saltos altos dela penetravam o soalho de madeira e ecoavam no auditório, lentamente as trunfas iam-se virando uma a uma e o cabelo dava lugar a feições totalmente admiradas, invejosas, chocadas, e desejosas.
Ias arrasadora, uma verdadeira diva de sucesso comigo atrás, mas apenas no caminho, porque a luz também de mim emanava, e não era pouco. As caras eram tantas e o burburinho ensurdecedor!
Falavam e falavam, autênticas gralhas histéricas que só na Nova há a agradável oportunidade de encontrar, uma pechincha em época alta e ridiculamente baratas em saldos, o problema é que ninguém compra carne mastigada, muito menos azeite extra-virgem! O desespero chega a ser tanto que, por vezes, se tivermos sorte, encontramos neste belo auditório que mais parece um supermercado, packs de leve três pague dois, tintos de reserva de 1992, touched for the very very very first time!
Falavam e falavam, não se cansavam! O que vale é que vozes de burro não chegam ao céu! E por falar em burros, bem que pareciam estes meus ricos colegas uns pobres burritos olhando não para um, porque em Portugal é sempre tudo em grande, mas para dois, dois palácios!

"Falem bem, falem mal, mas que falem!"


13.12.10

Crepúsculo

Há momentos que duram pouco, temporalmente comparáveis ao pôr-do-sol, ao crepúsculo que acontece num momento tão belo mas tão escasso. E é a este que nos comparo, somos nós tão breves vezes, mas a verdade é que sempre que acontecemos, somos algo quente, acolhedor e monumental, assim como o crepúsculo...


2.12.10

All set Cabana!

I spent so much time finding a separation between romance and friendship. I guess if you’re lucky, you get both.

1.12.10

?!?!?!?!?!?!?!

Como é possivel?
A minha alma está de tal modo estupefacta que tive necessidade de partilhar com alguém!
O que acabou de acontecer não pode ter acabado de acontecer!
No mínimo bizzarro, ou macabro, ou todos os sinónimos que lhe queiram chamar!
Enfim, amanhã tenho exame e não consigo pensar noutra coisa senão o que simplesmente acabou de acontecer!
Mas que estranha reacção!
Haverá coração?
Ou é acto sem qualquer razão?
Não voltarei a tocar no assunto, nem que me peças esclarecimentos!
Amanhã há CAE para fazer!

Olhos? Esses ver-te-ão de outra maneira

28.11.10

PS:

Ontem questionaste o porquê da monotonia deste romance de capítulos incompletos e carregados de sentimentos ao qual nos habituámos a chamar de blog. Interrogavas-te pelo facto de nada de especial aparecer nesta janela que muitos consideram o espelho da sua própria vida e tu, como era de esperar, achaste as prateleiras desta Despensa bastante vazias…

Estávamos ambos deitados no sofá da sala, aquecidos pelas diversas mantas e pelo amor desmesurado que nos cobria, observando o dia frio e a vida que usufruía lá fora através das janelas. Procurei uma resposta que saciasse a tua curiosidade mas não encontrei, estava demasiado confortável para conseguir arranjar as palavras perfeitas em prol do teu esclarecimento, porque a minha primordial preocupação é ser-te transparente e sincero sobre o que sinto e o que quero para mim, para ti, para nós.

Amor, nada disse porque nada havia para dizer, as pessoas escrevem ao invés de falarem, consiste numa barreira singela de evitar a brutalidade do mundo exterior, partilhando os seus sentimentos com quem quer, criando uma galáxia de leitores desfocados e desconhecidos. Pois bem, a minha galáxia sofreu um Big-Bang há quase sete meses e desde então que, lentamente, tenho tirado todos os meus sentimentos da Despensa e colocado à vista de todos, porque cada vez mais me orgulho de te amar e como tal, deixei de o expressar pela escrita para o fazer no dia-a-dia, da melhor maneira que encontro!

Esta epopeia ganhou uma nova personagem principal, este blog inovou e já não necessita de updates, a minha vida tomou um novo rumo e não necessita mais de histórias nem crónicas de odisseias passadas. Contigo aprendi a não desejar o passado e a usufruir do presente, sonhando com o futuro. Because sometimes, if you’re lucky, someone comes along and shows us who we really are, and that one is you.

Quero-te, para sempre

Ricardo Gonçalves

21.11.10

Nietzsche

Tudo o que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível!

13.11.10

7.11.10

Seis

uma palavra basta para descrever o que sinto: desilusão

26.10.10

Space Bound

We touch, I feel a rush, we clutch, it isn’t much
But it’s enough to make me wonder what’s in store for us
It’s lust, it’s torturous, you must be a sorceress, cuz you just
Did the impossible: gained my trust, don’t play games it’ll be dangerous
If you fuck me over, cuz if I get burnt
Ima show you what it’s like to hurt
Cuz I been treated like dirt before ya
And love is evil, spell it backwards I’ll show ya
Nobody knows me, I’m cold, walk down this road all alone
It’s no one’s fault but my own. it’s the path I’ve chosen to go
Frozen as snow, I show no emotion whatsoever so
Don’t ask me why I have love for these mo’fuckin’ hoes
Blood suckin’, what the fuck is up with this
I’ve tried in this department but I ain’t have no luck with this
It sucks, but it’s exactly what I thought it would be like tryna start over
I got a hole in my heart, some kind of emotional roller coaster
Something I won’t go on so you toy with my emotions so it’s over
It’s like an explosion, evertime I hold ya I wasn’t joking when I told ya
You take my breath away, you’re a supernova.

12.10.10

Everlast



Valeu bem a pena, amo-te@

7.10.10

Cinco

Prometo ser breve, nem o tempo nem tu permitem que me prolongue por mais do que umas quantas linhas.

Cinco? Perguntas tu. Cinco! Respondo eu. Estaria a mentir se dissesse que foram cinco meses perfeitos, cor-de-rosa. As frases triviais não correspondem nem de perto nem de longe ao que realmente ocorreu. Foram cinco meses conturbados, cinco meses em que paz e tranquilidade muito frequentemente desapareceram, cinco meses que nem sempre foram fáceis...

Cinco? Perguntas tu. Sim, e continuo a amar-te porque há cinco meses que o meu coração te pertence e para mim, nada é mais importante que isso!

You know the rules and so do I
A full commitment's what I'm thinking of
You wouldn't get this from any other guy
I just wanna tell you how I'm feeling
Gotta make you understand

4.10.10

Cahier de Mémoires

Foi hoje, num momento de deseperante tédio que decidi reabrir a caixa da nostalgia onde os mais antigos textos das mais antigas lembranças se encontram, descobri nesta caixa virtual um sonho de infância: um breve começo de um livro da minha autoria, uma pseudo-auto-biografia passada numa antiga casa de veraneio da família Pinto Lobato. A imaginação foi-se escasseando, assim como o tempo. No entanto, aqui vai um cheirinho de algo que me roubou horas e horas da minha adolescência:

"Todas as quintas-feiras ele refugiava-se na sala de estar, abria os janelões que davam para o grande relvado em frente à sua casa, desfrutava do saboroso cheiro dos vasos de lavanda espalhados pela tijoleira de xisto e dos canteiros de alecrim e alfazema que formavam corredores até ao rio, fresco e cristalino. Todas as quintas-feiras, após sentir-se cansado de observar tanta beleza, de saborear tão conhecidos cheiros e de ouvir o rio, Salvador ligava o iPod à antiga aparelhagem da sala e sentava-se no tapete castanho, forrava-o de almofadas de algodão e de penas e aí se entretinha, durante as longas horas da tarde até ao crepúsculo, a ler livros centenários que roubava da biblioteca, dois andares acima dele."

Hoje a indescritível sensação que tive ao ler o primeiro e único capítulo despertou em mim a insaciável vontade de concretizar este tal sonho há tanto guardado em memórias difusas. Hoje recomecei algo que nunca devia ter parado...

16.9.10

Restos de uma Vida

É à noite, deitado na cama, que mais me lembro de ti. É à noite, quando a cidade esta deserta, a casa vazia e o coração destroçado que apareces numa lembrança ténue e singela que rapidamente se transforma em algo demoníaco e omnipresente, tão forte como espada afiada que trespassa o corpo de uma a ponta a outra, é essa a dor que sinto cada vez que penso em ti, um vazio gigante, uma dor titânica, uma mágoa interminável…
O que nos aconteceu? Ficou tanto por dizer, tanto por explicar, tanto por completar…
Criaste-me um mundo que desconhecia até então, do qual sinto constante saudade e desejo, eras tu o meu primeiro pensamento ao acordar e o último momentos antes de adormecer, era por ti que ardia de paixão, sentia-me ansioso sempre que não estava contigo e apenas em paz quando a ti me juntava.
Mas meu amor, não se ajuda quem não quer ser ajudado, o maior cego é aquele que não quer ver e tu não viste nada, não quiseste ver. A minha luta incansável pela nossa relação não era mais do que remar contra a gigante maré de preconceito que trazias cada vez que estávamos juntos e isso esculpiu em mim uma grande dose de frustração. Quando se dá tudo por tudo e obtemos menos que nada acabamos por cair em nós mesmos, trataste-me como lixo, nem sequer tiveste a decência de acabar comigo pessoalmente, para ti não passei de uma puta que só servia para as horas de desejo carnal e isso é o que mais me magoa…
No entanto, é à noite, deitado na cama, que mais me lembro de ti. O corpo contorce-se, o coração lateja e os olhos choram, choram sem fim, choram porque embora lute desmesuradamente para te esquecer, tudo cá dentro grita por ti, grita por nós, grita em memória a tudo o que, outrora, fomos…


E tu nem imaginas a falta que isso me faz…



9.9.10

Brain Dead

I carry your heart with me

I carry it in my heart

I am never without it

anywhere I go you go, my dear

and whatever is done by only me

is your doing, my darling

I fear

no fate, for you are my fate, my sweet, I want
no world, for beautiful you are my world, my true
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you

here is the deepest secret nobody knows
here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life which grows

higher than the soul can hope or mind can hide
and this is the wonder that's keeping the stars apart

I carry your heart

I carry it in my heart

29.8.10

23.8.10

Faltas-me


Dangerous fellings break out my soul

It’s just the meaning of being alone

I need you here wherever you are

I need you now to take me so far

I wanna run like the speed of the sound

I was somewhere, I’m sure you’re around

You give me now the meaning of life

With you I’m feeling alive

22.8.10

V for Vendetta

Não existem palavras que expressem o quanto te amo, o quão arrependido estou, não vale a pena estar com rodeios, com metáforas. Quem sabe, sabe, quem não sabe passa a saber, estou farto de esconder o que sinto por ti com medo de tudo e de todos.

São três da tarde e o Range Rover percorre demoradamente a paisagem amarelada e plana do Alentejo, os vidros vão abertos e o calor entra com a mesma pressa que sai, o ar é quente e cheira a erva seca. O teu nome ecoa como uma melodia na minha cabeça, imagino-te a sussurrares ao meu ouvido, a dizeres que ainda me amas e que me perdoas, que errar é humano e mais umas quantas frases feitas que caem sempre tão bem quando o sentimento é de culpa e os remorsos despedaçam o coração que lateja cada vez que bate e não te sente.

São cinco da tarde, o Range Rover atravessa Lisboa com a mesma lentidão, os prédios citadinos e as avenidas dão lugar à única e luxuosa vila de Cascais. Estás perto, tão perto que já te sinto o cheiro trazido pelo mar. Nunca consegui descrever o teu cheiro, nunca consegui colocar-lhe um rótulo, desejo-te ainda mais, agora que estás tão perto.

São onze da noite, já passou uma hora desde que estou sentado no lancil à frente da porta da tua casa, seis horas desde que te informei da minha chegada, vinte e quatro desde a última vez que falámos e me iludiste que estava tudo fragilmente bem, noventa e seis desde que perdi o que me restava de orgulho e dignidade em prol do teu perdão, cento e vinte cinco desde que desapareci por dentro e deixei o desejo carnal e a curiosidade prevalecer sobre o respeito e amor que sentia por ti.

Liguei-te vezes sem conta e o teclado ficou gasto das mensagens que te mandei, vi a tua casa a adormecer à minha frente e eu impotente a tal acontecimento, só desejava ver-te mais uma vez, dez minutos pedi, será muito? Desejava ardentemente ver-te, uma vez mais pus o orgulho de parte e engoli a seco o que me restava de dignidade.

Mas não, tu não foste capaz de o fazer, não foste capaz de descer as escadas e saíres à rua depois de eu ter feito 400km para te ver, não foste capaz de perder 10 minutos para sair à rua quando eu perdi nove horas para te ver, não foste capaz de pensar em mim por um segundo e sair à rua quando eu não penso noutra coisa senão tu há horas, há dias, há semanas…

Fui longe demais, mas tu também.

31.7.10

Thai Land



HASTA LA VISTA BABY!



27.7.10

O Fruto Proibido é o mais Apetecido

Porque nem sempre,

a cura para a sede é água

e para a fome é comida.

Porque no fim,

há quem não aguente a mágoa

desta ceita que é a Vida.

Porque nem sempre,

amamos quem queremos

e queremos quem amamos

Porque no fim,

todos nós perdemos,

todos nós falhamos.

Porque nem sempre,

um homem é de ferro...

17.7.10

Built to Last

I've looked for love in stranger places,
but never found someone like you.
Someone whose smile makes me feel I've been holding back,
and now there's nothing I can't do.

'Cause this is real, and this is good.
It warms the inside just like it should,
but most of all it's built to last.

All of our friends saw from the start.
So why didn't we believe it too?
Whoa yeah, now look where we are.
You're in my heart now.
And there's no escaping it for you.

Walking on the hills that night with those fireworks and candlelight
You and I were made to get love right

'Cause this is real, and this is good.
It warms the inside just like it should,
but most of all it's built to last.

'Cause you are the sun in my universe,
considered the best when we've felt the worst
and most of all it's built to last.

Amo-te@


13.7.10

Valsa da Vida Lassa

Tudo me escorre pelas mãos com uma graciosidade tal, com uma subtileza extrema, como uma pauta musical flutuante que deixa vestígios em todos os cantos do meu corpo. Corro com o coração nas mãos, fujo para onde não quero e escondo-me onde não posso, sinto que chego para tudo e não sirvo para nada, penso que tenho o mundo a meus pés quando afinal todos me subjugam. Tento fugir mas sai sempre em vão, esta música persegue-me e denuncia-me para onde quer que vá, empurra-me de precipícios e espreme-me as lágrimas que me molham a cara e me secam a alma.
Que palhaçada esta de ficar sonhando com o que não se pode ter. Perco tempo e tempo é dinheiro. Perco amigos e amigos são património, não da terra, mas do coração e nenhuma herdade me preenche este buraco do peito, agora que o seguro com as mãos. Estou pouco tempo com quem amo e demasiado com quem não importa, quero tudo o que não tenho e desprezo tudo o que possuo.

Continuo a correr com o coração nas mãos, corro nesta valsa da vida lassa onde o que quero está perto mas nunca chega, nesta pauta musical que me eleva a alguém que não existe, a um eu que julgava conhecer, um homem que pensava saber tudo e que afinal, não sabe nada. Palavras? Levou-as o vento, e que leve a música também!

Continuo a correr com o coração nas mãos, corro sem hesitar, já sem fôlego, sem prazer, corro em busca de três décimas, de três míseras décimas…



2.7.10

Sarah

Olho para trás, revejo tudo o que passou, o que são três anos numa vida? Nada diria eu, até olhar para os três anos que passámos juntos e sentir a cabeça lotada de tanta informação, de tantos momentos inesquecíveis, de tantas gargalhadas, de tanto desabafo e carinho.
Torna-se complicado escrever quando a nossa cabeça é tela de cinema e onde nela sou mero espectador, sentado no único lugar disponível. Este filme que passa é sobre nós Sarah, é tão bonito, gostava tanto que estivesses aqui comigo, eu arranjava lugar para ti nesta sala vazia, arranjo sempre. Vejo-nos em jantares, em teatros, em cidades, vejo momentos de zangas efémeras e promessas eternas, vejo a tua casa e a minha, vejo-te.
Em todas estas cenas que passam num ápice e causam uma latejante nostalgia existem outras pessoas, sombras desfocadas numa paisagem onde só tu importas, hoje é o teu dia, embora o teu dia seja sempre que quiseres, tu é que ainda não notaste, ou já e não o admites! És especial à tua maneira e tenho pena de quem não se apercebe disso.
Devias estar à espera de algo cómico e implacável de mim, penso que é assim que me caracterizas, mas há pequenas coisas em mim que ainda precisas de descobrir, e eu cá estarei, para que contigo descubramos o mundo que ainda nos é desconhecido...

26.6.10

You Are The Drum In My Heart Beat

BEFORE YOU, MY WHOLE LIFE WAS ACAPELLA

25.6.10

Stuck on the notes you play

"O que resta do meu sono, quando acordo num dia dividido, é um movimento mecânico no indistinto. Estendo o meu braço na direcção rotineira de um pequeno pórtico sumido no breu da divisão invisível. Aguardando pelo seu olhar de labareda e esperando que este afogueie o meu cabimento antes de o alcançar. Essa chama não és tu, mas o teu reflexo na palavra escrita.

Para mim, palavras nada mais são que palavras. Conjuntos de sons compostos por símbolos, conjuntos de figuras compostas por timbres. Mas quando, pelo emissário a tua reprodução não chega, fico em suspensão nas horas, nos minutos, nos segundos… de todas as palavras, as tuas, são as mais aguardadas.

De mim, não te posso dedicar uma escritura ou uma melodia, pois das artes, são as minhas piores. Nada quero para ti senão o melhor. Posso contudo, e através da minha limitação na arte exacta, dar-te a tangibilidade de uma figura.

A minha.

Faltas-me..."

11.6.10

Vanilla Twilight

(...)

And I'll forget the world that I knew,
But I swear I won't forget you,
Oh if my voice could reach back through the past,
I'd whisper in your ear,
Oh darling I wish you were here.

After all, you're not gone

yet...

3.6.10

In The Shadow Of Your Heart

As palavras escasseiam-me, a cabeça lateja, está um tempo exageradamente abafado e os olhos teimam em fechar-se constantemente, quero beijar-te e já não consigo, já é tarde e tu vives ainda mais atrás do que atrás do sol-posto. Quero poder agarrar-te na mão enquanto conduzes, pôr as mudanças enquanto guias o volante, excitar-te enquanto tentas olhar a estrada, inebriar-te com o meu cheiro que sei que tanto gostas!
Mesmo que houvessem palavras para descrever o que entre nós aconteceu, nunca teria tal ousadia, é algo demasiado perfeito para estragar com triviais palavras, com inexpressivas expressões, com insuficiente pontuação. O meu pensamento gira em volta de ti apenas, vivo ansioso sempre que não te tenho na minha presença e apenas em paz quando essa à minha se junta. Diria que vivo apenas para os nossos encontros, vivo na sombra do teu coração, que tanto disputo!

Sempre que te despedes de mim, sempre que me deixas à porta de casa como quem espera insistentemente um dia poder entrar, luto contra o impulso de olhar para trás uma última vez, luto contra a procura desenfreada dos meus olhos aos teus, da minha boca à tua, do desejo que tenho de, cada vez que te vejo, te tornar em algo meu e meu apenas.

Um dia dir-te-ei tudo o que realmente sinto por ti, por agora…



Adoro-te imenso!



29.5.10

Déjà vu

E quando as pessoas de quem
mais gostas te deixam para
trás em prol de algo que
as supera a nível
emocional
?

não quero viver tudo outra vez...

19.5.10

Drop the World

I got ice in my veins, blood in my eyes
Hate in my heart, love in my mind
I seen nights full of pain, days of the same
You keep the sunshine, save me the rain
I search but never find, hurt but never cry
I work and forever try, but I’m cursed, so never mind
And it’s worse, but better times seem further and beyond
The top gets higher the more that I climb
The spot gets smaller, and I get bigger
‘Cause all the bullshit, it made me strong, motherfucker

12.5.10

Bento XVI



CONTIGO CAMINHAMOS NA ESPERANÇA,
SABEDORIA E MISSÃO!

11.5.10

Long time no see

Já todos dormiam no sofá, demasiado confortável até para o mais resistente a uma directa após um dia fatigante no dolce fare niente. Era dos poucos sobreviventes de uma razia nostálgica que invadiu os corpos dos que lá se encontravam, levantei-me e fechei com força os olhos numa tentativa frustrada de os esbugalhar de seguida. Quando finalmente os voltei a abrir a imagem desfocada do elenco pareceu-me mais nítida, notei que nem todos dormiam e que afinal, havia mais sobreviventes do que as minhas estatísticas supunham.
Uma gargalhada hilariante soltou-se dos lábios quando observei com olhos de ver as caras dos que dormiam ferrados, de bocas abertas com fiozinhos de baba, roncares suaves e posições estranhas. Os sobreviventes olharam para mim e perceberam o que me ia na mente, levantaram-se rapidamente receando serem absorvidos pela nostalgia patente na sala abafada e saímos para a noite escura, fria e hostil. Os olhos rapidamente se habituaram ao breu do campo e seguimos em frente, sem receios, em direcção ao nascer do sol.
Éramos sete, um grupo homogéneo, transparente, entrelaçado em si mesmo agradecendo ao frio por proporcionar tal sensação de união. Rastejávamos até ao cais da lagoa lamacenta, contado historias e rindo de piadas gastas pelo tempo. Não percebi se demorámos apenas cinco minutos ou meia hora, o tempo naquele local tão familiar e simultaneamente tão exótico era assunto secundário ao qual dava a menor importância que o meu organismo permitisse, as nossas gargalhadas ecoavam pelas pradarias fora e os nossos pés espantavam o pó envolvente, deixando marcas no chão arenoso.


Chegado ao porto, deitamo-nos no chão cimentado, observando a luz alaranjada a sobrevoar as montanhas a Este, em breve seria dia e nós, deitados uns em cima dos outros, iríamos assistir ao nascer do sol, a esse espectáculo inexplicável, incomparável. Observávamos com atenção o clarear do dia, o movimento das sombras pela paisagem amarelada, desidratada. Era um filme que rolava à nossa frente, de uma maneira pacífica, acolhedora, alegre. Voltei a fechar os olhos, cansados, dormentes, e só os abri quando uma luz estonteante apareceu imponente no cimo das montanhas. Novamente, não me apercebi se foram apenas cinco minutos ou meia hora, o tempo aqui era coisa inconstante, ora passava velozmente, ora dançava lentamente ao sabor da brisa alentejana.
Aquela imagem tornou-se adrenalina e o corpo estagnado queria agora correr, mexer-se, conhecer limites. Olhei para ela e disse-lhe, do mais profundo e sincero possível: “O melhor Alentejo de sempre!”. Ela sorriu, mostrando o seu sorriso tão familiar e respondeu-me, massajando-me o cabelo: “Sem dúvida, o Melhor!”

dedicado a Mariana Proença, muito mais que uma amiga,

uma companheira de vida

10.5.10

2 o'clock in the morning, someone's on my mind‏

Eu queria ver no escuro do mundo
onde está tudo o que tu queres
pra me transformar no que te agrada
no que me faça ver
quais são as cores e as coisas pra te prender...

Eu tive um sonho mau e acordei aos prantos
por isso pensei em ligar-te
será que tu ainda pensas em mim?
será que tu ainda pensas?

As vezes odeio-te por quase um segundo
depois amo-te por muito mais
teu olhar, teu gosto, teu cheiro, TUDO
tudo o que não me deixa em paz...

Será que tu ainda pensas em mim?
será que tu ainda pensas?

7.5.10

Português-tipo

Porque quando tudo aparenta estar perdido, ele encontra sempre uma solução. Porque o português tem o dom de se safar de tudo menos do fado e como tal, descobri ontem que, após meses de pânico, conseguia entrar onde queria e da maneira como EU queria! Consegui, mais uma vez, safar-me!

E na realidade, a vida não corre assim tão mal: o teste de História foi abaixo do fácil, o de ciência política foi usurpado na véspera e a apresentação de A.P lá se vai fazendo, aos poucos, porque tal obra é para ser feita com calma, Roma e Pavia não se fizeram num só dia.

E assim vai correndo a vida, uns dias mais quentes, outros mais frios. E o mais engraçado é que o clima destes costuma coincidir com a atenção que me dás. As saudades vão desaparecendo de dia para dia, cada vez mais longe, o teu cheiro e definição não passam de um mera lembrança que assumo, causam nostalgia, mas eu cá me desenrasco, porque Desenrascanço é uma palavra ainda mais portuguesa do que Saudade.

E eu não sou excepção

2.5.10

Estrela da Tarde

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!

Ary dos Santos

27.4.10

Gangrena

É sufocante a maneira como me fazes falta, e tu nem fazes ideia! És tu o meu primeiro e último pensamento de cada dia, e tu nem fazes ideia! Quando estás comigo, não te demonstro nem metade do que estou a sentir, para não me dares como fraco, como fácil. Finjo que estou bem, que nada me preocupa, e tu nem fazes ideia! Para não pensares que estou desesperado, dou por mim a fingir que te ignoro, que não me interessa o que fazes, dou por mim a fingir que não te ouço, só para te tentar fazer sentir um mínimo de saudades minhas, e tu nem fazes ideia! E no fim, quando chego a casa, sento-me sempre a um canto a pensar em ti, e deixo as lágrimas correrem-me pela cara. Só pelas saudades enormes que tenho tuas, pela vontade de te ter novamente comigo, e tu nem fazes ideia! Finjo querer ser o teu melhor amigo, só para te tentar ter por perto, só para tentar que fales comigo, só para te ouvir, e tu nem fazes ideia! E no fim, só me apetece agarrar em ti, olhar-te nos olhos e perguntar-te "Não percebes que ainda me corres nas veias?" Mas tu... Tu nem fazes ideia!

"Vive por mim, não para mim!"

~ FIM ~

2.4.10

Around the World


So long, suckers!
(muahahahahah)

26.3.10

26032010


FÉRIAS!

17.3.10

Carta

Espero ansiosamente por algo que nunca chegará...

15.3.10

Space

Sometimes the best help we can give to a friend is space,

space to think and to make mistakes,

space to help himself.

That's why I stopped being around.

3.3.10

Anel de Rubi

É tarde. A casa hiberna ao ritmo da chuva que fustiga lá fora, no quarto a atmosfera é morna e acolhedora, deitado na cama observo o tecto branco que serve de tela ao cinema projectado pelos meus olhos e cujo espectador deste interminável filme sou apenas eu, só e abandonado. Levanto-me e olho através da janela, lá fora a natureza fazia questão de compadecer, exuberante e letal. Imaginei-nos ali, na noite escura e molhada, a entrar pelo velho e ferrugento portão da garagem e a dirigimo-nos para o carro dando inicio à longa volúpia sexual que nos acompanhou toda aquela noite. Fecho os olhos e ainda sinto os teus lábios perfeitos e o sabor dos teus beijos aliciantes, lembro-me da tensão sexual que nos rodeava e dos desejos que partilhávamos…

Dou meia volta e olho para o quarto, escuro e deserto. Vejo-nos na cama, na parede, na secretária, em todo o lado. Oiço gemidos e respirações ofegantes a baloiçar em sintonia com movimentos de união. O cheiro do teu perfume ainda está guardado nas mais profundas lembranças, nos mais recônditos lugares, nos mais inesquecíveis momentos.

Mas tudo é efémero e a minha paixão também o foi, um fogo que não tinha mais lenha por onde arder, porque tu deixaste de o alimentar, deixaste de deitar mais achas para a fogueira que outrora foi o meu coração. A dor de te ter perdido foi titânica, foi um vazio constante, uma mágoa eterna, um desejo infinito. Agora? Nada, não sinto nada, simplesmente nada.

"Contigo aprendi uma lição:

não se ama alguém que não ouve a mesma canção."

14.2.10

Iris

And I'd give up forever to touch you
Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now

And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
Cause sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

And I don't want the world to see me
Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything seems like the movies
Yeah you bleed just to know your alive

And I don't want the world to see me
Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

Goo Goo Dolls

10.2.10

Poucas são as palavras que me restam dizer-te, um amor tão grande como o nosso não necessita de textos densos e complicados, não necessita de enormes presentes nem de discursos intermináveis.

A nossa amizade é como nós, não é preciso descrevê-la porque tu já sabes o que ela é. E por isso é que estes 18 anos são apenas mais um ano que passamos juntos, o primeiro ano adulto da nossa amizade.

Parabéns fá, e mais palavras para que? Vemo-nos daqui a pouco!



6.2.10

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Visualmente e históricamente perfeito!
Foi o único filme em que me esqueci de comer as pipocas!

2.2.10

Banho de Chuva

Inclinei a cabeça e fitei-lhe os olhos marrom. O sorriso maroto evaporou-se-lhe da boca e o rosto perfeito tornou-se meigo e doce, tão desejável e suave como a resposta que soprou num murmúrio ardente:

- Gostas de momentos constrangedores!

Corei, não esperava tanta astúcia da sua parte, nem mesmo tremenda ousadia. Deixou-me sem palavras, desejava aquela beleza, aquele corpo, aquele sorriso…
Aproximei-me ainda mais, cheirei-lhe o perfume magnânimo, arrasador e inebriante. Os meus olhos fundiram-se nos seus, as respirações cada vez mais vorazes, os corações inflamando-se de ardor, ambos observando o rosto do outro com a intensidade de quem sabe que encontrou o que finalmente desejava.
Incapaz de resistir, inclinei-me devagar. Foi apenas um movimento ligeiro, mas o suficiente para lhe tocar nos lábios aveludados, primeiro ao de leve, depois com atrevimento, com paixão; eram irresistíveis dióspiros, pétalas açucaradas que se abriam como uma flor diante do Sol.
Chovia torrencialmente na encosta onde nos encontrávamos, na encosta onde a terra aventureira decidira terminar com o mar que a molestava insaciavelmente com temíveis ondas que continuavam para lá do horizonte. Era como se nada mais existisse no mundo, apenas aquele instante em que os lábios se colaram e os dois se fundiram num só.
O primeiro beijo

24.1.10

12.1.10

Quando Quando?


Quando foi a última vez que largaste tudo e todos e fugiste para onde ninguém te pudesse encontrar?


Quando foi a última vez que caiste no chão a rir, rir até teres os olhos encharcados, até te doerem as entranhas e sentires a cueca a humedecer?


Quando foi a última vez que procuraste problemas, confusões, complicações e não encontraste?


Quando foi a última vez que chegaste da borga já todos corriam para o trabalho?


Quando foi a última vez que descobriste que alguém era para a vida?


HÁ 4 MESES e 350km

7.1.10

Carolina

Hoje, mais que em todos os outros dias, senti a tua falta. Éramos todos os do costume menos tu, no lugar em que nos sentávamos habitualmente mas agora sem ti, aquela mesa que todas as quintas-feiras se enche de gente e de sonoridade estava para mim, silenciosa e inóspita ao meu bem-estar. E a cadeira ao meu lado, o lugar que costumavas ocupar, vazio, tremendamente vazio.

Na mesa debaixo dos plátanos despidos, onde todos aproveitam ao segundo todo o tempo livre e devoram desenfreadamente a comida que têm nos pratos ainda paira o teu perfume, misturado com os cigarros que fumavas, um a seguir ao outro, enquanto me deliciavas com as tuas histórias de vida, com as loucuras que eu tanto invejava.

Foi tão fácil deixar-me perder neste vasto mar de gente, foi tão fácil deixar tudo misturar-se como na foz do Tejo, onde agora te encontras. Quero tudo de volta, quero voltar a detestar tudo, não quero ser indiferente, quero impor-me, quero gritar e governar como outrora fazia, mas não consigo, não sem ti… Dizem que estou distante, que já não sou o mesmo, que as titânicas desilusões terminaram com a habitual boa disposição que aparentava ser inata em mim, dizem que estou a perder o interesse, que não me conhecem, que têm saudades de mim. Estou perdido! Por favor encontra-me, outra vez, por favor…

3.1.10

Fogo que arde sem se ver

É fascinante como a (minha) vida consegue ser pacífica por uma quantidade tão ínfima de tempo. Por muito que concorde e acene positivamente aos que se queixam viver numa anomia sentimental, desconheço tal conceito a que chego, por vezes, a chamar de privilégio! Queremos sempre aquilo que não temos e por vezes sinto-me sedento de calma e de monotonia, como se procurasse no local errado, com as pessoas erradas, nos momentos inoportunos.

Pois bem, estava eu num desses escassos dias dessa escassa pacificidade que aparece escassamente na minha vida quando decides, depois de já te conhecer há algum tempo, aparecer literalmente, em carne e osso e tenho de admitir: que carne! E que osso! Nunca me despertaste um peculiar interesse até ao dia em que realmente te conheci, não que nunca te tivesse conhecido, mas nesse dia, conheci-te de maneira diferente, conheci o teu verdadeiro eu, conheci essa tua personalidade genuína que tão rapidamente me despertou interesse e boicotou a escassa pacificidade que visitava por um tempo tão escasso a minha vida.

Já algum tempo passou desde que senti pela primeira vez o delicioso sabor desses lábios suaves, já lá vai o tempo em que, pela primeira vez, as nossas línguas se encontraram com fervor, querendo saciar todo o apetite até ali guardado. Hoje, quando te beijo, a paixão que sinto por ti aumenta como um incêndio em dia de vento, que se propaga velozmente pelo corpo todo e explode, deixando-me em brasa cada vez que os teus lábios roçam suavemente nos meus.

E mais palavras para quê, percebes perfeitamente tudo o que disse e tudo o que nunca direi, valorizo-te por isso, mais do que tu poderás um dia, eventualmente, imaginar…