29.5.10

Déjà vu

E quando as pessoas de quem
mais gostas te deixam para
trás em prol de algo que
as supera a nível
emocional
?

não quero viver tudo outra vez...

19.5.10

Drop the World

I got ice in my veins, blood in my eyes
Hate in my heart, love in my mind
I seen nights full of pain, days of the same
You keep the sunshine, save me the rain
I search but never find, hurt but never cry
I work and forever try, but I’m cursed, so never mind
And it’s worse, but better times seem further and beyond
The top gets higher the more that I climb
The spot gets smaller, and I get bigger
‘Cause all the bullshit, it made me strong, motherfucker

12.5.10

Bento XVI



CONTIGO CAMINHAMOS NA ESPERANÇA,
SABEDORIA E MISSÃO!

11.5.10

Long time no see

Já todos dormiam no sofá, demasiado confortável até para o mais resistente a uma directa após um dia fatigante no dolce fare niente. Era dos poucos sobreviventes de uma razia nostálgica que invadiu os corpos dos que lá se encontravam, levantei-me e fechei com força os olhos numa tentativa frustrada de os esbugalhar de seguida. Quando finalmente os voltei a abrir a imagem desfocada do elenco pareceu-me mais nítida, notei que nem todos dormiam e que afinal, havia mais sobreviventes do que as minhas estatísticas supunham.
Uma gargalhada hilariante soltou-se dos lábios quando observei com olhos de ver as caras dos que dormiam ferrados, de bocas abertas com fiozinhos de baba, roncares suaves e posições estranhas. Os sobreviventes olharam para mim e perceberam o que me ia na mente, levantaram-se rapidamente receando serem absorvidos pela nostalgia patente na sala abafada e saímos para a noite escura, fria e hostil. Os olhos rapidamente se habituaram ao breu do campo e seguimos em frente, sem receios, em direcção ao nascer do sol.
Éramos sete, um grupo homogéneo, transparente, entrelaçado em si mesmo agradecendo ao frio por proporcionar tal sensação de união. Rastejávamos até ao cais da lagoa lamacenta, contado historias e rindo de piadas gastas pelo tempo. Não percebi se demorámos apenas cinco minutos ou meia hora, o tempo naquele local tão familiar e simultaneamente tão exótico era assunto secundário ao qual dava a menor importância que o meu organismo permitisse, as nossas gargalhadas ecoavam pelas pradarias fora e os nossos pés espantavam o pó envolvente, deixando marcas no chão arenoso.


Chegado ao porto, deitamo-nos no chão cimentado, observando a luz alaranjada a sobrevoar as montanhas a Este, em breve seria dia e nós, deitados uns em cima dos outros, iríamos assistir ao nascer do sol, a esse espectáculo inexplicável, incomparável. Observávamos com atenção o clarear do dia, o movimento das sombras pela paisagem amarelada, desidratada. Era um filme que rolava à nossa frente, de uma maneira pacífica, acolhedora, alegre. Voltei a fechar os olhos, cansados, dormentes, e só os abri quando uma luz estonteante apareceu imponente no cimo das montanhas. Novamente, não me apercebi se foram apenas cinco minutos ou meia hora, o tempo aqui era coisa inconstante, ora passava velozmente, ora dançava lentamente ao sabor da brisa alentejana.
Aquela imagem tornou-se adrenalina e o corpo estagnado queria agora correr, mexer-se, conhecer limites. Olhei para ela e disse-lhe, do mais profundo e sincero possível: “O melhor Alentejo de sempre!”. Ela sorriu, mostrando o seu sorriso tão familiar e respondeu-me, massajando-me o cabelo: “Sem dúvida, o Melhor!”

dedicado a Mariana Proença, muito mais que uma amiga,

uma companheira de vida

10.5.10

2 o'clock in the morning, someone's on my mind‏

Eu queria ver no escuro do mundo
onde está tudo o que tu queres
pra me transformar no que te agrada
no que me faça ver
quais são as cores e as coisas pra te prender...

Eu tive um sonho mau e acordei aos prantos
por isso pensei em ligar-te
será que tu ainda pensas em mim?
será que tu ainda pensas?

As vezes odeio-te por quase um segundo
depois amo-te por muito mais
teu olhar, teu gosto, teu cheiro, TUDO
tudo o que não me deixa em paz...

Será que tu ainda pensas em mim?
será que tu ainda pensas?

7.5.10

Português-tipo

Porque quando tudo aparenta estar perdido, ele encontra sempre uma solução. Porque o português tem o dom de se safar de tudo menos do fado e como tal, descobri ontem que, após meses de pânico, conseguia entrar onde queria e da maneira como EU queria! Consegui, mais uma vez, safar-me!

E na realidade, a vida não corre assim tão mal: o teste de História foi abaixo do fácil, o de ciência política foi usurpado na véspera e a apresentação de A.P lá se vai fazendo, aos poucos, porque tal obra é para ser feita com calma, Roma e Pavia não se fizeram num só dia.

E assim vai correndo a vida, uns dias mais quentes, outros mais frios. E o mais engraçado é que o clima destes costuma coincidir com a atenção que me dás. As saudades vão desaparecendo de dia para dia, cada vez mais longe, o teu cheiro e definição não passam de um mera lembrança que assumo, causam nostalgia, mas eu cá me desenrasco, porque Desenrascanço é uma palavra ainda mais portuguesa do que Saudade.

E eu não sou excepção

2.5.10

Estrela da Tarde

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!

Ary dos Santos