15.12.10

Vem à Nova de Janeiro a Janeiro

Chegamos dez minutos atrasados, como sempre…
Os saltos altos dela penetravam o soalho de madeira e ecoavam no auditório, lentamente as trunfas iam-se virando uma a uma e o cabelo dava lugar a feições totalmente admiradas, invejosas, chocadas, e desejosas.
Ias arrasadora, uma verdadeira diva de sucesso comigo atrás, mas apenas no caminho, porque a luz também de mim emanava, e não era pouco. As caras eram tantas e o burburinho ensurdecedor!
Falavam e falavam, autênticas gralhas histéricas que só na Nova há a agradável oportunidade de encontrar, uma pechincha em época alta e ridiculamente baratas em saldos, o problema é que ninguém compra carne mastigada, muito menos azeite extra-virgem! O desespero chega a ser tanto que, por vezes, se tivermos sorte, encontramos neste belo auditório que mais parece um supermercado, packs de leve três pague dois, tintos de reserva de 1992, touched for the very very very first time!
Falavam e falavam, não se cansavam! O que vale é que vozes de burro não chegam ao céu! E por falar em burros, bem que pareciam estes meus ricos colegas uns pobres burritos olhando não para um, porque em Portugal é sempre tudo em grande, mas para dois, dois palácios!

"Falem bem, falem mal, mas que falem!"


3 comentários:

  1. Nunca vou perdoar a pinga doce por não ter posto a minha fussinha ao pé do teófilo na TV

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  2. Ei, eu amo vocês. Daqui só saem bons sentimentos (e comentários, lógico).
    Lindo! Beijo!

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  3. Ei, eu amo vocês. Daqui só saem bons sentimentos (e comentários, lógico).

    Lindo! Beijos!

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