26.7.09

Lisboa


A capital é a imagem de um país, uma sobreposição de tempos e velocidades, um tempo lento, analógico, a cheirar a ginja e a caracóis, sobrevivendo aos grandes debates e planos para a insaciável nação. É um tempo tenaz que se perpetua nos edifícios, nas calçadas medievais, nos trilhos de eléctricos, nas praças simétricas, nas fiéis gaivotas… Cidade que exalta o típico, o popular, o antigo, mas também a novidade e a tecnologia, celebrando a arquitectura e os engenhos pioneiros e universais.
E o rio, o sempre presente rio, imenso e irreal na sua majestade, simbolicamente definindo a amplitude do destino português.
Lisboa, velha cidade, erguida frente ao Tejo, ancorada numa colina, mais tarde multiplicada por sete. Destino marcado pela colonização romana e árabe, e pela brandura de um rio vocacionado para levar e trazer gentes, cujas margens um vento ameno fecunda a típica felicidade e azáfama da vida citadina.


Serás sempre a terceira, prometo@

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